15/04/2009

A diferença entre profissionais e amadores

por Sergio Buaiz

A criatividade é uma grande virtude no mundo dos negócios, mas tem hora e lugar para acontecer. Existem muitas situações em que ser criativo pode significar perda de tempo, foco e produtividade, comprometendo totalmente os resultados.

Se você está disposto a desenvolver sua própria “distribuição de base domiciliar ilimitada e milionária”, o primeiro passo é reconhecer que você não sabe absolutamente nada sobre o assunto e que precisará do apoio de especialistas. Você terá acesso a produtos, plano de marketing, materiais de apoio e eventos desenvolvidos por pessoas altamente capazes e com experiência reconhecida no meio. Eles formataram um padrão duplicável de sucesso, que tem sido lapidado ao longo dos anos, no intuito de facilitar e automatizar o seu trabalho. O que é mais inteligente nesse momento, segui-lo ou reinventá-lo?

A verdade é que você não tem experiência suficiente neste negócio para sugerir inovações. Por mais brilhante que seja, ainda não é capaz de avaliar o impacto dessas “melhorias” ao longo de todo o processo, que envolve milhares de pessoas, nas mais diversas situações. Negar isso é um grave sinal de amadorismo.

O bom profissional observa, pesquisa e procura dominar o assunto antes de ser criativo, porque sabe que seria irresponsabilidade da sua parte promover mudanças, sem avaliar corretamente as conseqüências. Além disso, ele precisa conquistar a confiança da equipe antes de querer influenciá-la. É assim que funciona dentro das empresas, nas instituições governamentais ou em qualquer outro lugar. E não seria diferente neste negócio.

Você está prestes a iniciar um negócio que já funciona muito bem, para milhares de pessoas. Este negócio é baseado no princípio da simplicidade, porque deve ser rapidamente assimilado e executado por qualquer pessoa, independente da sua origem, classe social, nível cultural, idade, sexo, situação financeira etc. Por isso, existe um padrão, um discurso universal que gera resultados rápidos e consistentes.

Esse padrão é perfeito? Claro que não. Funciona para todos os casos? Também não! Mas funciona muito bem na maioria deles. E isso é suficiente para você desenvolver sua própria “distribuição de base domiciliar ilimitada e milionária”. Inovar sem ter experiência constitui um risco desnecessário e denota amadorismo.

Para que fique mais claro, imagine um cirurgião recém-formado. Observe que ele estudou quase uma década para chegar onde está. Será que ele é “criativo” com seus primeiros pacientes? Quantas cirurgias bem-sucedidas ele deve fazer até conquistar o direito de sugerir qualquer inovação? Agora pense em um engenheiro, arquiteto, advogado, biólogo ou físico. Quantos anos de experiência são necessários para que conquistem o direito de ousar? Quantos cursos de pós-graduação, mestrado e doutorado eles precisam fazer para serem efetivamente “levados à sério” pelas instituições e especialistas que regulamentam cada profissão? Isso é responsabilidade e profissionalismo.

Neste negócio, acontece da mesma forma. Quando você for um líder qualificado, poderá sugerir melhorias. Quando for um líder Top, caberá a você decidir o rumo da organização. Portanto, conquiste o direito de inovar sendo um grande profissional desde já.

Até se tornar um líder qualificado, qualquer criatividade é contraproducente e vista como sinal de amadorismo por seus líderes. É claro que você tem o direito de fazer o que quiser com a sua distribuição, mas eles também têm o direito de pensar que você não merece crédito nem apoio. Se eu fosse você, não apostaria nessa estratégia de isolamento, porque ninguém vai muito longe sozinho. Lembre-se que este é um negócio de pessoas e o trabalho em equipe é fundamental. Você precisa deles para crescer.

O melhor caminho, portanto, é ter humildade e reconhecer que seus líderes têm mais conhecimento do que você sobre este negócio. Se os produtos, as estratégias comerciais e os eventos são assim, pode ter certeza que eles também questionaram e chegaram à conclusão de que isso funciona. Eles enfrentaram mais adversidades, acumularam mais experiência e enxergam mais longe que você. Portanto, confie nos seus líderes.

Ao invés de perder tempo tentando reinventar a roda, concentre toda a sua energia em fazer bem feito, exatamente o que eles dizem que funciona. Desta maneira, além de testar todos os recursos na prática e acumular experiências valiosas, você chegará muito rápido às primeiras qualificações. Então, você terá a oportunidade de participar de treinamentos e reuniões de liderança, que explicam cada detalhe do funcionamento do negócio.

Se, mesmo assim, você ainda acreditar que o padrão pode ser melhorado, já terá conquistado a confiança deles e talvez suas idéias sejam bem recebidas. Como foi dito anteriormente, a criatividade é uma grande virtude no mundo dos negócios, mas tem hora e lugar para acontecer.

A tendência, porém, é que você compreenda os motivos que levaram seus líderes a formatarem esse padrão, do jeito que está. Ele é bastante simples de propósito, para não confundir nem desviar o foco. Em última instância, o padrão existe para que os novatos não precisem se preocupar com nada. Ele trabalha para os distribuidores, duplicando o que há de mais precioso: tempo. Ao invés de procurar atalhos, basta seguir pela via expressa.

Atalhos são arriscados. Mesmo que dêem certo para uma pessoa, não são facilmente duplicados (geram dependência e limitam o crescimento do grupo). Além disso, abrem um perigoso precedente para que os outros inventem suas próprias estratégias. Como a maioria das pessoas não têm o mesmo discernimento, erros são cometidos e isso coloca todo o trabalho da equipe a perder.

Por isso, para desenvolver sua própria “distribuição de base domiciliar ilimitada e milionária”, liderando um grupo com milhares de pessoas, não invente. Sempre que pensar em algo novo, reflita primeiro se todos do seu grupo poderão reproduzir o mesmo efeito. Consulte a linha ascendente e só faça o que for aprovado. Seja esperto: siga o padrão à risca e deixe que o sistema trabalhe por você.

Fonte: Chance Network


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