25/03/2009

Empresas Aproveitam Pouco o Potencial Produtivo Feminino

Pesquisa revela que empresas aproveitam pouco o potencial produtivo feminino

Pesquisa realizada pela empresa de serviços na área de Recursos Humanos Manpower revelou que menos da metade do potencial produtivo das mulheres é bem aproveitado pelas organizações, ante 74,3% da força de trabalho masculina.

Os dados ainda mostram que 60% das mulheres estão empregadas, contra 75% dos homens. Os motivos apontados para isso são uma carga de horário pouco flexível, de 40 horas semanais, que torna a empregabilidade feminina mais difícil, frente às tarefas domésticas que são atribuídas a elas.

A pesquisa foi realizada com 29 mil gestores de 33 países, dentre eles, Estados Unidos, França, Japão, Inglaterra, México e Canadá.

Realidade Brasil

De acordo com o diretor-geral da Manpower no Brasil, Augusto Costa, o melhor uso da mão-de-obra feminina pode acarretar crescimento econômico, redução da pobreza e elevação do bem-estar social, o que colabora para o desenvolvimento sustentável dos países.

"As empresas que investem na inserção das mulheres no mundo empresarial têm chances maiores de prosperar no longo prazo, enquanto as que ainda apostam nessa estratégia precisam reunir mais esforços para se manterem competitivas", disse.

Ele afirmou que o mercado de trabalho brasileiro tem se preocupado cada vez mais em buscar profissionais qualificados, um quesito que deve ser sempre avaliado. "Dessa forma, a tendência é que haja mais igualdade entre os gêneros dentro das empresas no longo prazo".

Mais dados

A responsabilidade sobre a família foi apontada por 48% dos entrevistados como um obstáculo à evolução da mulher e sua carreira no mercado de trabalho. Outros 44% responderam o contrário, enquanto 72% disseram que já foram dirigidos por mulheres que atingiram a maternidade.

A diferença entre homens e mulheres se mostra mais clara quando o assunto é liderança: 27% delas já atingiram um cargo desses, ante 37% deles. Em relação ao alcance de suas metas profissionais, 61% disseram que já alcançaram, sendo 67% homens e 56% mulheres.

"Surpreendentemente, uma das razões pela baixa inserção das mulheres na alta gestão é a falta de vontade dessas colaboradoras em possuir tal atribuição. Apenas 12% das funcionárias questionadas aspiram a um cargo de nível máximo, enquanto 19% dos homens têm esse desejo".



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