15/12/2009

Ascensão Feminina

Estudo exclusivo concluído pelo Great Place to Work, com base na análise da pesquisa Melhores Empresas para Trabalhar – Brasil, mostra que 43% dos postos de trabalho das 100 empresas que integram a edição 2009 do ranking são ocupados por mulheres, sendo 36% postos de liderança versus 64% de ocupação masculina. Essas empresas contam juntas com 403.587 profissionais, dos quais 174.902 são mulheres – 19.586 em postos de chefia. Para se ter uma ideia da ascensão feminina no ambiente corporativo brasileiro, em 1997 apenas 11% dos cargos de liderança eram ocupados por mulheres.

Nos Estados Unidos, em 2009, das 100 Melhores Empresas para Trabalhar apenas quatro têm mulheres na presidência: Sally Jewell (Recreational Equipment Inc.); Terri L. Kelly (W.L. Gore & Associates Inc.); Donna Hyland (Children´s Healthcare of Atlanta); e Maxine Clark (Build-A-Bear Workshop). A pesquisa Melhores Empresas para Trabalhar é conduzida pelo Great Place to Work , empresa global especialista em ambiente de trabalho que atua em 44 países.

No Brasil, o estudo revela que nas empresas presididas por mulheres – como Brasilata, Byofórmula, Cultura Inglesa, Ericsson, Instituto Itaú Cultural, Laboratório Sabin, Magazine Luiza, Prezunic, Quintiles Brasil e Zanzini Móveis – o índice de confiança dos funcionários é maior: 83% versus 81% nas empresas lideradas por homens. Em contrapartida, as mulheres demonstram níveis de satisfação menores do que os homens: na média geral, o índice de satisfação é 83% contra 76% das mulheres.

A análise mostra que apesar de todo o avanço da participação feminina no mercado de trabalho, ainda existem diferenças importantes – atuando em uma mesma posição profissional, a mulher ganha menos, leva mais tempo para atingir cargos de liderança e dedica mais tempo ao estudo, formação e aprimoramento profissional.

Segundo Ruy Shiozawa, CEO do Great Place to Work, as Melhores Empresas para Trabalhar – Brasil buscam incorporar no modelo de gestão características femininas como maior capacidade de delegar; facilidade no relacionamento interpessoal; talento para gerir equipes; e poder de negociação. “A valorização dessas características por parte das empresas representa uma importante evolução, pois o cenário era outro quando iniciamos, há mais de uma década, a pesquisa Melhores Empresas para Trabalhar.

No passado, as mulheres selecionadas para cargos de liderança, dadas as enormes dificuldades para ocupar espaço, deixavam de lado as características femininas, pois precisavam apresentar um comportamento idêntico ao dos pares masculinos”, avalia o executivo. Shiozawa acrescenta que em tempos de crise econômica mundial, as características presentes no perfil feminino de gestão são ainda mais valorizadas. “Não por acaso, registramos o aumento da presença das mulheres nas Melhores Empresas para Trabalhar, em 2009, tanto em cargos de chefia, quanto na presidência”, salienta.

Mulheres na presidência das Melhores Empresas para Trabalhar – Brasil 2009

- BRASILATA: Amélia Ramos Heleno

- BYOFÓRMULA: Yukiko Eto

- CULTURA INGLESA: Maria Lucia Willemsens

- ERICSSON: Fatima Maria Queiroga Raimondi

- INSTITUTO ITAÚ CULTURAL: Milu Vilella

- LABORATÓRIO SABIN: Janete Ana Ribeiro Vaz e Sandra Santana

- MAGAZINE LUIZA: Luiza Helena Trajano Inácio Rodrigues

- PREZUNIC: Andrea Dias da Cunha

- QUINTILES BRASIL: Marisa Sanvito

- ZANZINI MÓVEIS: Palmyra Benevenuto Zanzini


Em 2008, das 100 Melhores Empresas para Trabalhar – Brasil, oito empresas contavam com mulheres na presidência: Byofórmula, Cultura Inglesa, Laboratório Sabin, Magazine Luiza, Okto, Prezunic, Quintiles Brasil e Zanzini Móveis.


Fonte: Empreendedor

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