05/02/2010

Os Cinco Cegos

Conta a lenda indiana que...

Cinco cegos estavam a caminho e encontraram um elefante. O primeiro apalpou a pata e afirmou: “É uma palmeira!”.

O segundo apalpou o corpo e disse: “É como uma grande pedra!”.

O terceiro pegou a tromba e sentenciou: “É como uma cobra, porém sem os dentes”.

O quarto, mais alto, pegou na orelha e definiu: “É como uma grande folha rugosa e cheia de pelos”.

E o quinto, agarrado ao rabo, foi enfático: “Ora é como uma corda com um pequeno espanador na ponta”.

E começaram a discutir, cada um tentando provar aos demais o que “viu”. E a discussão virou uma briga feia e o dia estava terminando. E como todos sabem, quando o dia termina, os anjos vem passear na terra, e um anjo vendo a situação, condoeu-se dos cegos e pensou: “Coitados, são cegos e por isto discutem. Vou devolver-lhes a visão”. E tocando cada um, os seus olhos se abriram.

Os cegos, que não eram mais cegos, olharam em volta e viram uns aos outros pela primeira vez. Arrojaram-se ao solo agradecendo a Deus pela dádiva da visão, e se abraçaram uns aos outros felizes como crianças.

Após algum tempo olharam em derredor, viram o elefante e o primeiro cego que já não mais era cego, pontificou: “Como eu dizia, apesar do que meus olhos vêem, afirmo, para não me fazer de tolo, que o animal é como uma palmeira!”. Ao que o segundo retorquiu que era uma grande pedra e a partir daí cada um tentou com todos os argumentos convencer os demais de que sua definição, apesar de todos terem visto o elefante, era a única correta. E da discussão partiram de novo para uma briga.

O anjo que a tudo assistia sentado num galho próximo, pensou: “Eram cegos e não poderiam realmente definir o elefante, mas agora vêem porém não enxergam e continuam a discutir. Acho que será melhor deixa-los cegos por mais algum tempo.”

E assim o fez e foi embora.


Moral: Quanto menos parcial for a nossa percepção da realidade, mais chances temos de nos aproximar do todo e melhor entenderemos a realidade a nossa volta. E, ainda, se não somos flexíveis e procurarmos entender as razões do outro, não poderemos rever as nossas percepções e chegar a novos aprendizados.

É preciso ainda, lembrar que nossas verdades não são eternas. Lembrar que existem outras verdades, que vamos encontrar pessoas que não têm valores iguais aos nossos, detendo percepções diferentes da mesma realidade e nem por isso iremos menosprezá-los ou desprezá-los.


Pense nisso
Deus abençoe sua vida

André e Simone Calamita
http://tempodeconquistar.blogspot.com

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