27/10/2009

É triste dizer adeus

Olá amado(a)! Antes de postar, peço desculpas de coração pela ausência. Alguns me perguntaram por e-mail: " Mas cadê suas postagens? Estou sentindo falta delas?" e, eu sinto muito por estar em falta. Este fim de semana foi muito difícil pra mim e pra todos de minha casa. Estamos com o coração muito apertado, pois faleceu uma tia muito, mas muito querida. Minha segunda mãe. Perder alguém é realmente muito triste, doloroso e, ainda mais alguém tão amada, tão querida. Sei que ela está bem agora, onde está. Sei que está nos braços do Pai. Mas como dói! Sei que esta dor irá passar e que ficarão apenas lembranças dos belos e lindos momentos em família, dos natais, viradas de ano, festas de aniversários, enfim tantas datas comemoradas juntas. Eu sei que Deus em sua infinita sabedoria fez o que era necessário, pois ela sofria de um câncer há 8 anos. Lutou...lutou bravamente até o fim. Não sei se ela venceu o câncer ou se o câncer a venceu. Mas ficará pra sempre o seu sorriso, a sua vontade de viver, a sua força. Que agora ela possa descansar nos braços do nosso Pai Amado. E, no domingo eu estava muito triste e ao abrir meus e-mails, recebi de uma pessoa que não conheço uma linda mensagem e senti que era pra mim. As vezes somos tão egoístas não é mesmo? Mas senti que aquela mensagem era pra mim, pra minha família. Este texto é de Letícia Thompson e retrata bem o que estamos sentindo. Não conheço a Letícia e recebi dela mesma. Agradeço de coração, pois sei que Deus colocou em nosso caminho pra que naquele momento pudéssemos nos sentir consolados. Segue abaixo o texto lindo de Letícia Thompson

É triste dizer adeus... É triste dizer adeus, mas às vezes é necessário. Não podemos prender a nós definitivamente as pessoas que amamos para suprir nossa necessidade de afeto. O amor que ama, aprende a libertar. Procuramos ganhar tempo para tudo na vida. Mas a vida, quando chega no próprio limite, despede-se e é esse último adeus que é difícil de compreender e, mais ainda, aceitar. Possuímos um conceito errado do amor. Amar seria, no seu total significado, colocar a felicidade do outro acima de tudo, mas na realidade é a nossa felicidade que levamos em consideração. Queremos os que amamos perto de nós porque isso nos completa, nos deixa bem e seguros. E aceitar que nos deixem é a mais difícil de todas as coisas. Não dizemos sempre que queremos partir antes de todos os que amamos? Isso é para evitar nosso próprio sofrimento, nossa própria desolação. É o amor na sua forma egoísta. Aceitar um adeus definitivo é uma luta. Se as perdas acontecem cedo demais ou de forma inesperada, o sentimento de desamparo é muito maior e a dor mais prolongada. É o incompreensível casando-se com o inaceitável e o tudo rasgando a alma. Essas dores poderão se acalmar, mas nunca se apagarão. Mas quando a vida chega ao final depois de primaveras e primaveras e outonos e mais outonos, nada mais justo que o repouso e aceitar a partida é uma forma de dizer ao outro que o amamos, apesar da falta que vai fazer. Não podemos prender as pessoas a nós para ter a oportunidade de dizer tudo o que queremos ou fazer tudo o que podemos por elas. De qualquer forma, depois que se forem, sempre nos perguntaremos se não poderíamos ter dito ou feito algo mais. Mas essas questões são inúteis. O amor que ama integralmente não quer ver o outro sofrer e ele abre mão dos próprios sentimentos para que o destino se cumpra, para que a vida siga seu curso. As dores do adeus são as mais profundas de todas. Mas elas também amenizam-se com o tempo e um dia, sem culpa, voltamos a sorrir, voltamos a abrir a janela e descobrimos novamente o arco-íris da vida. Depois da tempestade descobrimos um dia novo e o sol brilha de maneira diferente. E talvez seja assim que aprendemos a dar valor à vida, aos que nos cercam; aprendemos a viver de forma a não ter arrependimentos depois e aproveitar ainda mais cada segundo vivido em companhia daqueles que nosso coração ama. (Texto de Letícia Thompson) Mas que retrata muito bem o que sentimos agora, neste momento.
Tia Lucia...muita, muita saudade... Uma saudade eterna... Certamente jamais esquecida... Insubstituível... A guerreira...que falta faz, mas descanse, descanse em paz! Te amaremos sempre, sempre, por toda vida! Simone Calamita

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